segunda-feira, 31 de maio de 2010

Rio Tâmega - Barragem de Fridão: Pró-Tâmega pede ao Sec. Estado certidão que originou a DIA de Fridão








Rio Tâmega - Barragem de Fridão
Pró-Tâmega pede ao Sec. Estado certidão que originou a DIA de Fridão

Na sequência da deliberação tomada na primeira reunião da direção da Associação Cívica Pró-Tâmega, realizada no passado dia 25 de Maio de 2010, em Amarante, o presidente da Direcção da associação, Luís van Zeller de Macedo (Eng.º), fez seguir hoje (31/05) em carta registada com aviso de recepção, para o Secretário de Estado do Ambiente (Humberto Rosa), um pedido de certidão da acta da Comissão de Avaliação (C.A.) que originou a emissão da Declaração de Impacte Ambiental (DIA) esperada pela empresa eléctrica EDP, S.A. sobre o designado «empreendimento Hidroeléctrico de Fridão», nos termos que seguem.


Associação Cívica Pró-Tâmega
Rua Frei José Amarante, 168
4600-080 Amarante

(correio registado C/ AR)


Exmo. Sr.
Secretário de Estado do Ambiente
Rua de “O Século”, 51
1200-433- Lisboa

Assunto: DIA do Empreendimento Hidroeléctrico de Fridão - Pedido de certidão

Por escritura pública de 7 de Maio de 2010, e com base nos Grupos Cívicos “Por Amarante Sem Barragens” e “Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega – MCDT”, foi constituída a Associação Cívica “Pró-Tâmega”, com sede na cidade de Amarante.

Estes dois Grupos de Cidadãos, já no período da consulta pública do EIA do Empreendimento Hidroeléctrico de Fridão, haviam encaminhado formalmente para a Agência Portuguesa do Ambiente, diversas questões a que a Declaração de Impacte Ambiental difundida pelo vosso gabinete, se reporta nos termos seguintes: “Desfavorável à construção da barragem, posição que é partilhada pelos movimentos de cidadãos "Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega (MCDT)" e Grupo Cívico "Por Amarante Sem Barragens".

Nesta fase, e na sequência da providência cautelar interposta no TAF de Penafiel, os referidos Grupos de Cidadãos, agora irmanados numa Associação, carecem de aferir em que medida foram enquadradas as implicações de segurança que atempadamente chamaram à causa e cuja pertinência o INAG haveria de confirmar ao reconhecer, a posteriori, que não havia sido previamente quantificado o número de vidas humanas em risco no vale a jusante e, de imediato, na cidade de Amarante, cuja Baixa será submersa 13 minutos após uma remotamente possível rotura da Barragem de Fridão.

Noutra vertente, estamos agora em condições de comprovar que nos antecipamos – e bem – à Resolução da Assembleia da República, n.º 41/2010 de 8 de Abril de 2010, que recomenda ao Governo que envie aos deputados a resposta que o Estado português deu na sequência da notificação da Comissão Europeia relativa ao Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Elevado Potencial Hidroeléctrico (PNBEPH), e que faculte o acesso ao estudo independente encomendado pela Comissão Europeia, o qual deu origem à notificação ao Estado português.

Como atempadamente solicitamos, e nos foi sonegado, o acesso a este documento que então reputamos de essencial para o nosso envolvimento, enquanto cidadãos de pleno direito, no processo de tomada de decisão, em conformidade com o preâmbulo do DL n.º 187/2005 de 8 de Novembro, quando exalta a garantia da participação do público, mediante ampla divulgação e disponibilização da informação, bem como o acesso à Justiça, reservamo-nos para outro ensejo, renovar o nosso pedido de acesso a tal relatório com base num só rebatimento do direito à informação e do dever de informar.


Por ora, e dado que a DIA não explicita as razões de facto e de direito que justificam a decisão, vimos, a coberto da legislação nacional e comunitária que regula o acesso aos documentos sobre Ambiente na posse das autoridades públicas, requerer a V. Ex.ª que nos seja passada uma cópia ou certidão do capítulo 9, páginas 85 a 101, do parecer da Comissão de Avaliação.

Como o interesse em tais elementos não exclui uma intenção procedimental, não será despiciendo solicitar a devida atenção aos preceitos do art.º 60º e 104º a 106º do CPTA que regulam a contagem de prazos e garantias de acesso.


Com os nossos melhores cumprimentos

O Presidente da Direcção

Luís Rua Van-Zeller de Macedo
.
Associação Cívica Pró-Tâmega - 31 de Maio de 2010

sábado, 29 de maio de 2010

Comissão Europeia - PNBEPH: União de Interesses

Comissão Europeia - PNBEPH
União de Interesses

O estudo, encomendado pela União Europeia e, como é óbvio, pago por todos os contribuintes europeus, de avaliação do Programa Nacional de Barragens continua "fechado" a sete chaves nos confins da "eurocracia"

A União Europeia argumenta que o estudo serve, embora pago por dinheiro público e sobre um programa público, apenas para auxiliar os serviços da Comissão Europeia na avaliação do programa nacional de barragens e, portanto, inacessível aos seus cidadãos. 

Desculpa. Apenas uma desculpa. 

Impressionante, que os interesses se sobrepõem ao esclarecimento público. 

Querem uma União Europeia próxima dos europeus, não é?

Relembre-se que um relatório (sobre este estudo) tornado parcialmente público arrasa completamente os argumentos fantasiosos do Estado e dos concessionários como, também, conclui que o programa nacional de barragens é uma "inutilidade" muito cara.


Marco Gomes, in Remisso - 29 de Maio de 2010
Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega (Cabeceiras de Basto)

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Eurostat: Preço da electricidade caiu na UE mas subiu em Portugal








Eurostat
Preço da electricidade caiu na UE mas subiu em Portugal


Em Portugal, os preços da electricidades subiram 4,5%.

Os preços da electricidade para as famílias caíram 1,5% na União Europeia, entre o segundo semestre de 2008 e o segundo semestre de 2009, mas subiram 4,5% em Portugal.

Os dados publicados hoje pelo Eurostat revelam também que os preços do gás caíram, tanto no conjunto da União Europeia como em Portugal, mas a queda foi muito mais acentuada na média comunitária (16%), do que em Portugal (5,5%).

Os números do gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (UE) mostram ainda que o preço da electricidade em Portugal no segundo semestre de 2009 encontrava-se abaixo da média comunitária (15,94 euros por 100 kWh, contra 16,45 no conjunto dos 27), mas, tendo em conta o poder de compra, era mais elevado (18,61 euros, contra 16,45 na UE).

Quanto ao gás doméstico, o preço em Portugal no segundo semestre do ano passado era superior ao da média comunitária, tanto em termos absolutos (16,52 euros por gigajoule, contra 14,67 na UE), como levando em linha de conta o poder de compra (19,28 euros, contra 14,67 da média da união).


in Económico (com Lusa) - 28 de Maio de 2010

Eurostat: Preço da electricidade desce 1,5 por cento na Europa mas sobe 4,5 por cento em Portugal






Eurostat
Preço da electricidade desce 1,5 por cento na Europa mas sobe 4,5 por cento em Portugal


Os preços da electricidade para as famílias caíram 1,5 por cento na União Europeia, entre o segundo semestre de 2008 e o segundo semestre de 2009, mas subiram 4,5 por cento em Portugal, segundo dados hoje publicados pelo Eurostat.

Os números do gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (UE) revelam ainda que os preços do gás caíram, tanto no conjunto da união como em Portugal, mas a queda foi muito mais acentuada na média comunitária (16 por cento), do que em Portugal (5,5 por cento).

O preço da electricidade em Portugal no segundo semestre de 2009 encontrava-se abaixo da média comunitária (15,94 euros por 100 kWh, contra 16,45 no conjunto dos 27), mas, tendo em conta o poder de compra, era mais elevado (18,61 euros, contra 16,45 na UE).

Quanto ao gás doméstico, o preço em Portugal no segundo semestre do ano passado era superior ao da média comunitária, tanto em termos absolutos (16,52 euros por gigajoule, contra 14,67 na UE), como levando em linha de conta o poder de compra (19,28 euros, contra 14,67 da média da união).


Lusa, in Público - 28 de Maio de 2010

Dia Mundial da Energia na EB 2,3 de Vila Caiz (Amarante): A Barragem de Fridão - Consequências previsíveis para o Tâmega








Dia Mundial da Energia na EB 2,3 de Vila Caiz (Amarante)
A Barragem de Fridão - Consequências previsíveis para o Tâmega

Amanhã é o Dia Mundial da Energia. Hoje celebrou-se na EB 2,3 de Vila Caiz este dia antecipadamente. Foi um dia marcado por duas palestras, uma a cargo da EDP (Eng.º Paulo Cruz) sobre "Energia e Desenvolvimento Sustentável" e outra sobre a "Barragem de Fridão, Sim ou Não?", a cargo do Dr. Emanuel Queirós, do MCDT.

A primeira contou com a presença dos alunos de todos os 9.º e 8.ºs anos (à excepção do 8.º B que não compareceu).

Cerca de 100 alunos e respectivos professores ouviram atentamente os conselhos/dicas e os conteúdos muito bem apresentados pelo orador presente, que certamente serão muito úteis no dia-a-dia no sentido do uso mais eficiente da energia.

A segunda contou com a presença dos alunos do 9.º A, 9.º C e alguns do 7.º B (infelizmente os alunos do 9.º B não compareceram na palestra). Estes ouviram atentamente a informação brilhantemente passada pelo orador presente sobre os impactos negativos da futura Barragem de Fridão. Abrimos as nossas mentes e tomamos conhecimento de factos nem sempre conhecidos e passados para a opinião pública.

Tanto uma palestra como outra foram muito enriquecedoras.
Paralelamente manteve-se a exposição na biblioteca e foram passados filmes e videos sobre a temática energia.
Brevemente iremos deixar uma apresentação com as fotos deste dia bastante preenchido.


Alexandre Marinho (prof.), in Educação Tecnológica - 28 de Maio de 2010

Dia Mundial da Energia na EB 2,3 de Vila Caiz: «A Barragem de Fridão e os impactes sobre a cidade de Amarante»










Dia Mundial da Energia na EB 2,3 de Vila Caiz
«A Barragem de Fridão e os impactes sobre a cidade de Amarante»


Entre as actividades pedagógicas alusivas ao Dia Mundial da Energia (29 de Maio) – exposição de cartazes sobre a temática energia, elaboração de trabalhos sobre o tema, palestra sobre «Desenvolvimento Sustentável» e projecção de filmes realizados pelos alunos – hoje, 28 de Maio (Sexta-feira), a escola EB 2,3 de Vila Caiz leva a efeito um debate sobre a «Barragem de Fridão e os impactes sobre a cidade de Amarante».

Socialmente colocados perante a execução do Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico (PNBEPH), uma das mais sérias problemáticas locais e regionais que algum governo colocou ao concelho de Amarante e à região, configurada na concessão da Barragem de Fridão à empresa EDP, S.A. – projectada para o leito fluvial do rio Tâmega 6 quilómetros a montante da cidade de Amarante –, a escola tem em vista proporcionar o esclarecimento na sua comunidade educativa, contribuir para que os alunos elaborem a sua própria opinião sobre o tema e chamá-los a intervir em questões actuais que são do interesse geral da comunidade. 


A sessão que a EB 2,3 de Vila Caiz realiza no auditório da escola para professores e alunos do 9.º ano de escolaridade conta com a colaboração do Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega (MCDT), representado por José Emanuel Queirós, onde vai expor os argumentos relativos ao designado «empreendimento hidroeléctrico de Fridão», tanto em consequências para o Tâmega – Água, rio, vale, paisagem, solos, regimes hídricos, sustentabilidade – como para a segurança das pessoas e da cidade de Amarante.


Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega - 28 de Maio de 2010

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Programa Nacional de Barragens: E os Cidadãos cada vez mais longe, a ver a água a passar




Programa Nacional de Barragens
E os cidadãos cada vez mais longe, a ver a água passar

É inadmissível que a Comissão Europeia sonegue do conhecimento público aquilo que diz respeito a todos e que por todos é pago. É essencial garantir que a população seja devidamente informada do impacto e efeito da construção das barragens.

É inevitável, nos tempos que correm, a crise económica e social ocupa os nossos dias e as nossas vidas e está no centro da disputa política.

Vivemos e sentimos a crise todos os dias e, nos interstícios, decisões com impactos de extrema importância para a vida dos cidadãos são tomadas à sua revelia. É por isso que não resisto a contar-vos um recente processo em torno das decisões sobre o Plano Nacional de Barragens.

No final do ano passado, um cidadão português solicitou ao Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território o acesso um estudo técnico que havia sido encomendado pela Comissão Europeia sobre a avaliação do referido Plano. A 3 de Dezembro de 2009, a Ministra portuguesa autorizou o acesso ao referido cidadão. Porém, em meados de Janeiro, a Comissão Europeia, através de carta, informou as autoridades portuguesas a sua oposição à divulgação do estudo. A informação aí contida – sobre os impactos que tal plano terá na vida dos cidadãos portugueses de Norte a Sul do país – é, manifestamente, de interesse público. Os cidadãos afectados devem ter o direito de saber quais os impactos directos que vão ter nas suas vidas. Em Fevereiro, resolvi questionar a Comissão Europeia sobre os que motivos a levaram a opor-se à divulgação do estudo, solicitando que este fosse disponibilizado o mais rapidamente possível.

Praticamente três meses volvidos, veio a resposta lacónica: “o estudo não se destinava a informar o público, mas a apoiar a avaliação do programa pelos serviços da Comissão”. É inadmissível que a Comissão Europeia sonegue do conhecimento público aquilo que diz respeito a todos e que por todos é pago. É essencial garantir que a população seja devidamente informada do impacto e efeito da construção das barragens. É um direito que nos assiste. Este secretismo foi imposto não só aos cidadãos como também ao Governo Português. A legislação invocada pela Comissão para não facultar os resultados do estudo é a mesma que destaca a importância de um “processo de criação de uma união cada vez mais estreita entre os povos da Europa, em que as decisões serão tomadas de uma forma tão aberta quanto possível e ao nível mais próximo possível dos cidadãos”. Irónico, não?

Afinal, quais serão os verdadeiros impactos deste estudo para que ninguém dele possa ter conhecimento? Pelos vistos, saberemos quando começarmos a senti-los na pele.


Marisa Matias (Eurodeputada, dirigente do Bloco de Esquerda, socióloga), in Esquerda.net - 27 de Maio de 2010

Programa Nacional de Barragens: Que esconde a Comissão Europeia sobre as barragens portuguesas?




Programa Nacional de Barragens
Que esconde a Comissão Europeia sobre as barragens portuguesas?
.

Marisa Matias considera que "é essencial garantir que a população
seja devidamente informada do impacto e efeito da construção das barragens".

A Comissão Europeia continua a obrigar as autoridades portuguesas a esconder dos cidadãos um estudo técnico sobre a avaliação do Plano Nacional de Barragens para Portugal, finalizado em Julho de 2009, apesar de o Governo de Lisboa ter autorizado a sua divulgação. Pela segunda vez, o organismo presidido por Durão Barroso nega o acesso ao documento alegando que não se destina a informar o público mas sim os serviços da Comissão.
O processo através do qual é possível ter a certeza de que a Comissão Europeia não pretende o acesso dos portugueses a temas que financiam e que têm repercussões nas suas vidas foi iniciado no último trimestre do ano passado quando um cidadão português solicitou ao Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território o acesso um estudo técnico sobre a avaliação do Plano Nacional de Barragens (Pnbeph) denominado «Technical assessment of the Portuguese National Programme for Dams with High Hydropower Potential (Arcadis/Atecma, Julho 2009)». A 3 de Dezembro de 2009 a ministra portuguesa autorizou o acesso ao referido cidadão.

Porém, a 14 de Janeiro de 2010 a Comissão Europeia informou por carta as autoridades portuguesas, através da Representação Permanente em Bruxelas (REPER), de que se opunha a que o referido estudo fosse divulgado publicamente.

Face ao manifesto interesse público da informação contida no estudo, a eurodeputada do Bloco de Esquerda Marisa Matias questionou por escrito a Comissão Europeia, em 26 de Fevereiro de 2010, sobre os motivos a levaram a opor-se à divulgação do estudo e solicitando que o este lhe fosse disponibilizado o mais rapidamente possível.

Praticamente três meses volvidos, quando o prazo legal de resposta é de seis semanas, a Comissão Europeia respondeu de forma lacónica que o estudo não se destinava a informar o público mas a apoiar a avaliação do programa pelos serviços da Comissão.

Marisa Matias considera inadmissível que a Comissão Europeia sonegue do conhecimento público aquilo que diz respeito a todos e que por todos é pago. É essencial, lembra a eurodeputada, garantir que a população seja devidamente informada do impacto e efeito da construção das barragens. É um direito que lhe assiste. Neste caso, acrescenta, o secretismo é ainda mais grave uma vez que foi imposto também ao Governo Português mesmo depois de este ter decidido facultar acesso ao documento.

Marisa Matias considera ainda irónico que a legislação invocada pela Comissão para impedir o acesso ao estudo realce nos seus considerandos a importância de uma união cada vez mais estreita entre os povos da Europa, de forma a que as decisões sejam tomadas de uma forma tão aberta quanto possível e ao nível mais próximo possível dos cidadãos. Uma união que seja também capaz de assegurar uma melhor participação dos cidadãos no processo de decisão e de garantir uma maior legitimidade, eficácia e responsabilidade da Administração perante os cidadãos num sistema democrático. A eurodeputada lamenta, a propósito, que estes princípios estejam a ser ignorados pela Comissão Europeia para manter em segredo os verdadeiros impactos do plano nacional de barragens.


in Be Internacional, Esquerda.net - 27 de Maio de 2010

terça-feira, 25 de maio de 2010

Dia Mundial da Energia: A Barragem de Fridão em debate na EB 2,3 de Vila Caiz (Amarante)








Dia Mundial da Energia
A Barragem de Fridão em debate na EB 2,3 de Vila Caiz (Amarante)


Fica o programa da celebração do Dia Mundial da Energia, na Eb2,3 de Vila Caiz. Salientam-se:
As actividades estão no entanto abertas a todos os interessados. 

Participem...

Alexandre Marinho, in Educação Tecnológica - 25 de Maio de 2010

Celorico de Basto - EB 2,3/Secundária: Alunos realizam palestra sobre a Barragem de Fridão













Celorico de Basto - EB 2,3/Secundária
Alunos realizam palestra sobre a Barragem de Fridão


A Barragem de Fridão, construção e seus impactes negativos no desenvolvimento da região do Tâmega, é o tema de uma palestra que vai ser levada a efeito hoje (25/05), pelas 15 horas, no auditório da escola E.B.2,3/Secundária de Celorico de Basto.

A iniciativa pertence a um grupo de alunos do 12.º ano que está a trabalhar no tema "Energias Renováveis" no âmbito da disciplina de Área de Projecto e tem como objectivos:

  • esclarecer dúvidas e tornar mais preciso o conhecimento dos alunos e interessados sobre esta temática;

  • alertar a população em geral acerca dos impactos e consequências inerentes desta obra pública;

  • obter informações necessárias para a realização de um trabalho escolar relativo à disciplina de Área de Projecto.
É convidado a fazer a apresentação do assunto José Emanuel Queirós, membro do Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega. e co-fundador da associação Pró-Tâmega.

Francisco Lima (pelo Grupo Área de Projecto: TEMA - Energias Renováveis no concelho de Celorico de Basto) – Maio de 2010

PNBEPH EM ANÁLISE: Barragens geram guerras em várias frentes







PNBEPH EM ANÁLISE
Barragens geram guerras em várias frentes





Tânia Nascimento, in água &ambiente, N.º 138, Ano XII (pp. 1, 7, 8 e 10) - Maio de 2010

segunda-feira, 24 de maio de 2010

RTV - Debate no programa «Dois por Dois»: As Barragens no Tâmega sem a presença da EDP







RTV - Debate no programa «Dois por Dois»
AS BARRAGENS NO TÂMEGA SEM A PRESENÇA DA EDP

Programa televisivo (Dois por Dois) sobre «Barragens» no Tâmega, levado a efeito na Regiões TV (www.rtv.com.pt) - Porto (canais Zon 88, Cabovisão 14), por Delfina Rocha e José Ferraz Alves.

Previsto inicialmente para o dia 10 de Maio (2010), adiado no próprio dia por impossibilidade da presença da EDP - Direcção de Sustentabilidade e Ambiente (Eng. António Manuel Neves de Carvalho) o debate acabaria por ser gravado (20-21H00) e editado a 24 de Maio (22-23H00), ainda assim sem a participação do reputado 'expert' da eléctrica EDP.






in RTV (Porto) - 24 de Maio de 2010

domingo, 23 de maio de 2010

Alto Tâmega - Barragem à cota máxima inunda melhores terrenos: Câmara receia que a Iberdrola queira aumentar a cota do empreendimento de Vidago




Alto Tâmega - Barragem à cota máxima inunda melhores terrenos
Câmara receia que a Iberdrola queira aumentar a cota do empreendimento de Vidago



A Câmara de Chaves receia que a Iberdrola construa à cota máxima uma das quatro barragens previstas no Tâmega e se percam os melhores terrenos agrícolas de três aldeias. A empresa garante que a cota ainda não está definida.

As apreensões da autarquia, que já está a elaborar um documento para enviar à empresa espanhola e ao Governo português, surgiram depois de a firma contratada para fazer o levantamento das expropriações necessárias à construção do Empreendimento Hidroeléctrico do Alto Tâmega (Barragem de Vidago) ter contactado as populações de Anelhe, Vilarinho das Paranheiras e Arcossó. É que, à cota prevista no estudo que deu origem ao concurso (312), a albufeira atingiria apenas uma pequena parte da localidade de Arcossó. Ora, para a autarquia, esta é a prova de que houve alteração da cota. "À cota que estava prevista, o concelho de Chaves praticamente não era atingido. À cota 322, que é aquela que, pela zona a expropriar, se percebe que pretendem avançar, são abrangidos 200 hectares a mais", lembra o presidente da Câmara de Chaves, João Batista, que já reuniu com a população das aldeias em causa.

Os moradores das aldeias estão preocupados com o facto de ficarem sem os melhores terrenos agrícolas. Mas há outros "prejuízos". Além de algumas habitações, será submersa a nova Estação de Tratamento de Águas Residuais de Arcossó. Custou um milhão de euros. Também se perderão moinhos e uma ponte medieval. Segundo o autarca, o clima também será afectado, podendo mesmo estar em causa, por causa do nevoeiro, um campo de golfe de 19 buracos que faz parte do projecto de investimento da Unicer no complexo termal de Vidago. A Unicer diz não ter conhecimento da alteração do projecto.

De acordo com o presidente da Câmara, no documento que está a ser elaborado irá ser lembrado à empresa que "o direito que adquiriram por concurso foi à cota 312". "Vamos, aliás, propor uma cota inferior à que foi a concurso", garante Batista.

Confrontada pelo JN, a Iberdrola referiu que a cota definitiva será definida pela Declaração de Impacto Ambiental (DIA). "As cotas definitivas das barragens do Complexo Hidroeléctrico do Alto Tâmega serão as fixadas pela DIA que resultará do Estudo de Impacto Ambiental (EIA). O EIA está em elaboração e irá avaliar todos os impactos", explicou Cândida Bernardo. A barragem de Vidago faz parte do Complexo Hidroeléctrico do Alto Tâmega, que inclui a construção de quatro barragens no rio Tâmega, até 2018, no âmbito do Plano Nacional de Barragens com Potencial Hídrico.

Margarida Luzio, in Jornal de Notícias - 23 de Maio de 2010

sexta-feira, 21 de maio de 2010

EB 2,3 de Vila Caiz promove debate: A Barragem de Fridão - Sim ou Não?








EB 2,3 de Vila Caiz promove debate
A Barragem de Fridão - Sim ou Não?

Pois é, mais uma vez estamos perante a construção de uma barragem que poderá afectar a zona ribeirinha da nossa cidade. 

Depois da barragem do Torrão, em Marco de Canavezes, temos agora a Barragem de Fridão a assombrar a nossa cidade.

Lembro-me que na altura da barragem do Torrão, a minha escola e outra se manifestaram na cidade contra a sua construção, mesmo assim a mesma foi avante.

Agora como professor, propiciei a realização de um debate de ideias sobre a mesma, convidando o Dr. Emanuel Queirós do MCDT - Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega. Este orador vai defender o Não à barragem, expondo o que de mal vai acontecer à nossa cidade com esta construção. 

Os alunos já sabem (dos conteudos de ET, CN e CFQ), as vantagens e desvantagens deste tipo de construções, pelo que vão assimilar o que estão a ouvir e contrapôr sempre que possível, expondo as suas preocupações...

Se puderes não deixes de comparecer - dia 28 de Maio (sexta-feira), no auditório da EB 2,3 de Vila Caiz, por volta das 14:30h.

Para já fica algumas ligações com informação sobre a Barragem de Fridão:

- Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega;
- A nossa Energia EDP - Barragem de Fridão;
- A Barragem de Fridão;
- Por Amarante, Sem Barragens.


Alexandre Marinho (prof.), in Educação Tecnológica - 21 de Maio de 2010

Simpósio Internacional HELP: Respostas ao Nível de Bacias Hidrográficas acerca da Escassez de Água e Seca sob Futuros Climáticos Incertos









Simpósio Internacional HELP
Respostas ao Nível de Bacias Hidrográficas acerca da Escassez de Água e Seca sob Futuros Climáticos Incertos


A Administração da Região Hidrográfica do Norte, I.P. (ARH do Norte, I.P.) em conjunto com a Sociedade Portuguesa de Simulação Ambiental e Avaliação de Riscos (SOPSAR) organiza nos próximos dias 27 e 28 de Maio o Simpósio Internacional HELP sobre Respostas ao Nível de Bacias Hidrográficas acerca da Escassez de Água e Seca sob Futuros Climáticos Incertos, que decorrerá no Auditório Municipal de Mirandela.

Este simpósio, organizado no âmbito do programa HELP e promovido pela UNESCO, visa contribuir para sustentabilidade da gestão de recursos hídricos na bacia hidrográfica do rio Douro. 


Nesse sentido os interessados em participar no Simpósio, podem inscrever-se através do Tel: +351 253 603 234; Fax: +351 253 603 233 ou do e-mail: info@sopsar.pt.


in Administração da Região Hidrográfica do Norte, I.P. - Maio de 2010

Energia Insustentável: Dívida da EDP em 2010 vai ultrapassar 15 mil milhões





Energia Insustentável 
Dívida da EDP em 2010 vai ultrapassar 15 mil milhões


Investimento anual nos próximos dois anos reduzido para 2,4 mil milhões de euros, anuncia a empresa

A dívida líquida da EDP vai ultrapassar os 15 mil milhões de euros este ano, segundo as estimativas apresentadas pela eléctrica aos analistas e investidores, no Investor Day. Actualmente, este valor é de 14,6 mil milhões de euros, sendo que no final do ano passado situava-se nos 14 mil milhões, sendo a EDP a cotada mais endividada do PSI-20.

No entanto, a eléctrica prevê que a dívida líquida vai baixar até 2012, quando deverá situar-se abaixo dos 15 mil milhões de euros. O custo médio da dívida também deverá aumentar, segundo as previsões financeiras da empresa liderada por António Mexia. Depois de um custo médio de 3,5% no primeiro trimestre deste ano, a empresa prevê que os juros no final do ano subam para 4%, valor que poderá ainda ser maior em 2011 e 2012, para 4,6%. Quanto à composição da dívida, 72% são em euros, 21% em dólares e 7% em reais. A maturidade média da dívida da EDP é de 5,3 anos.

As perspectivas para 2012 apontam para um rácio de dívida líquida sobre o EBITDA de 3,5 vezes, abaixo do nível actual, que é de 4,2 vezes. Este rácio é uma das melhores formas de analisar o endividamento das empresas já que compara a dívida líquida de uma empresa com a sua capacidade em gerar receitas. O que quer dizer, no caso da EDP, que a eléctrica nacional tem uma dívida actual 4,2 vezes superior às receitas anuais.

Depois de no ano passado ter apresentado uma estimativa de investimento de três mil milhões de euros anuais até 2012, a EDP revê agora este número em baixa, prevendo 2,4 mil milhões por ano.

A redução é feita na verba alocada para a expansão, que é agora de 1,8 mil milhões de euros, sendo que 70% deste valor será gasto em eólicas. No entanto, a eléctrica nacional ressalva que há flexibilidade no investimento já que 40% do valor previsto para expansão ainda não estão contratados.


Maria João Espadinha, in Diário de Notícias-Bolsa - 21 de Maio de 2010

Parlamento Europeu - Programa Nacional de Barragens: Comissário Europeu do Ambiente responde à deputada Marisa Matias






Parlamento Europeu - Programa Nacional de Barragens
Comissário do Ambiente responde à deputada Marisa Matias (GUE/NGL)


Perguntas Parlamentares
21 de Maio de 2010

E-0932/2010


Resposta dada por Janez Potočnik em nome da Comissão

A Comissão pode confirmar ao Senhor Deputado que encomendou um estudo técnico no âmbito da investigação de uma reclamação relacionada com o Plano Nacional de Barragens português. O estudo não se destinava a informar o público, mas a apoiar a avaliação do programa pelos serviços da Comissão.

O acesso do público aos documentos do Parlamento, do Conselho e da Comissão rege-se pelo Regulamento (CE) n.° 1049/2001 do Parlamento e do Conselho, de 30 de Maio de 2001(1).

O acesso do Parlamento às informações da Comissão rege-se pelo Acordo-Quadro entre o Parlamento e a Comissão, nomeadamente, pelo Anexo 1.


___________________
(1) JO L 145 de 31.5.2001.

Janez Potočnik (Comissário Europeu do Ambiente), in Parlamento Europeu - 21 de Maio de 2010

quinta-feira, 20 de maio de 2010

MCDT perde um dos seus fundadores: Doutor Joaquim José Macedo Teixeira - Saudade sem reparação











MCDT perde um dos seus fundadores
Doutor Joaquim José Macedo Teixeira - Saudade sem reparação


No momento em que perdemos do nosso convívio aquele que tínhamos como exemplo vivo de Grandeza Humana dissimulada entre comuns mortais, ficamos brutalizados pelo absurdo ilusório deste palco terreno onde estamos jogados.

Doutor Macedo Teixeira, Joaquim José Macedo Teixeira de seu nome completo, devolveu-se à eternidade desde este plano existencial, ontem (19/05) no edifício-reservatório do Centro Hospitalar do Vale do Sousa em Amarante, antes Hospital São Gonçalo, onde entrara pelo seu próprio pé cinco dias antes, em estado de saúde muito debilitado.

Acompanhámo-lo de perto há vinte cinco anos e nele sentíamos uma profunda sabedoria ancestral em ruptura com as marcas de que se faz este nosso mundo. Dos seus olhos brotava a Luz que a alguns é capaz de cegar e do seu coração a força de um laço definitivo a uma fraternal Amizade a todos que o conheceram e à sua Amarante a quem se entregou e o cobriu até à sua última morada terrena em Lufrei.

O seu exemplo é tão grande na simplicidade em que sempre se resguardou quanto no Humanismo que infundia naqueles que tiveram o privilégio da sua companhia, que por mais voltas que as palavras tentem serão sempre curtas e cingidas perante a memória deste Amigo, filho e Servo de Amarante, onde foi Professor e pedagogo, Presidente da Câmara, destacado membro da Assembleia Municipal, fundador de associações culturais, activo militante da vida associativa nas suas múltiplas vertentes, de uma entrega genuina às causas públicas cujo exemplo perdurará para sempre naqueles que assim o conheceram e o respeitam como Irmão.

A sua Cruzada estendeu-a ao Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega (MCDT) de que foi seu fundador e incansável delator da famigerada Barragem de Fridão e do demoníaco Programa-patranha Nacional de Barragens.

'Do assento etéreo aonde subiu' nos continue a iluminar e dele possamos ter sua magnificente protecção quando a perda sentida pelo vazio que em nós deixou não tem mais reparação.

José Emanuel Queirós - 20 de Maio de 2010
Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega (Amarante)

Empresas prestes a falir: Dívida da EDP deverá ultrapassar os 15 mil milhões este ano






Empresas prestes a falir 
Dívida da EDP deverá ultrapassar os 15 mil milhões este ano


A dívida líquida da EDP poderá ultrapassar os 15 mil milhões de euros este ano, de acordo com as estimativas reportadas ao mercado e que estão a ser apresentadas no Investor Day do grupo, cuja dívida actual ronda os 14,6 mil milhões de euros.

A dívida líquida da EDP poderá ultrapassar os 15 mil milhões de euros este ano, de acordo com as estimativas reportadas ao mercado e que estão a ser apresentadas no Investor Day do grupo, cuja dívida actual ronda os 14,6 mil milhões de euros.

Depois de ter terminado 2009 com 14 mil milhões de dívida, a EDP admite que esta pode superar os 15 mil milhões em 2010, mas prevê também voltar a reduzi-la abaixo desse valor até 2012.

As perspectivas para 2012 apontam para um rácio de dívida líquida sobre EBITDA de 3,5 vezes, abaixo do nível hoje existente, que é de 4,2 vezes.

Actualmente, 72% da dívida da EDP é em euros, 21% em dólares e 7% em reais. A maturidade média da dívida da EDP é de 5,3 anos.

A EDP registou no primeiro trimestre deste ano um custo médio de 3,5% na sua dívida, estimando que os juros a pagar no final deste ano subam para 4%, valor que poderá agravar-se para 4,6% em 2011 e 2012, de acordo com a apresentação do Investor Day.


Miguel Prado (miguelprado@negocios.pt), in Negóciosonline - 20 de Maio de 2010

EB1 de Torreira (Amarante) - Palestra na comunidade: "A Água, os Rios e Nós"

EB1 de Torreira (Amarante) - Palestra na comunidade
"A Água, os Rios e Nós"

A escola EB1 da Torreira (Fregim) do Agrupamento de Escolas de Vila Caiz (Amarante), no âmbito da execução do Projecto “A Água e a Sustentabilidade na Educação de Novos Cidadãos”, premiado pelo projecto «Mil Escolas» da responsabilidade da empresa Águas do Douro e Paiva (AdDP), hoje, 20 de Maio (Quinta-feira), pelas 20H30, vai levar a efeito, no salão polivalente do pólo escolar da Torreira, uma sessão de sensibilização pública subordinada ao tema “A Água, os Rios e Nós – O Uso sustentável da água”.

Com esta iniciativa a escola tem em vista contribuir para a sensibilização da comunidade educativa e da população local para as actuais problemáticas da Água, no que respeita à escassez e poluição, procurando reforçar no meio a “consciência ecológica” a partir do reconhecimento da importância da água doce e do papel dos ecossistemas ribeirinhos.


PROGRAMA:

20H30 – Agrupamento de Escolas de Vila Caiz – Director João Queirós Pinto
O projecto da EB1 de Torreira no Projecto Educativo do Agrupamento

20h45 – AdDP – João Luís Roseira
Apresentação do Projecto Mil Escolas

21H10 – Quercus – Engenheiro João Branco
A associação ambiental e a acção na preservação da Água e dos ecossistemas ribeirinhos

21H25 – C. M. Amarante – Engenheiro José Vila Real
As políticas da autarquia na preservação da qualidade da água de abastecimento público e nos recursos hídricos

21H40 – Período de perguntas pelo público

22H00 - Actuação dos alunos

in EB1 JI Torreira (Fregim) - 20 de Maio de 2010

terça-feira, 18 de maio de 2010

Amarante - Barragem de Fridão (D.I.A.): Comissão Municipal dirige protesto ao Secretário de Estado do Ambiente






Amarante - Barragem de Fridão (D.I.A.)
Comissão Municipal dirige protesto ao Secretário de Estado do Ambiente





Assembleia Municipal de Amarante

Comissão de Acompanhamento para a Barragem de Fridão


Exmo. Senhor
Secretário de Estado do Ambiente
Rua do “Século” n.º 51
1200-433 LISBOA


ASSUNTO: CONSTRUÇÃO DE BARRAGEM DE FRIDÃO - DECLARAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL

Exmo. Sr. Secretário do Estado do Ambiente;

A Comissão de Acompanhamento para a Barragem de Fridão, eleita democraticamente pela Assembleia Municipal de Amarante, tendo tido conhecimento da recente emissão da Declaração de Impacte Ambiental (D.I.A.) vem por este meio apresentar a V.Exa. o seu mais veemente protesto, perante este facto consumado, pelas razões que seguidamente passa a expor:

1 - No decurso da consulta pública ficou sobejamente demonstrado, através das sessões promovidas por esta C.A., com a presença dos promotores e autores do estudo de impacte ambiental (E.I.A.), que este enfermava de enormes e graves lacunas.

2 - Foi oportunamente por esta Comissão de Acompanhamento solicitado à Agência Portuguesa do Ambiente a suspensão da contagem do tempo legal da consulta pública, pelas razões então expostas e que se relacionavam basicamente com o desconhecimento do estudo independente, encomendado pela Comissão Europeia sobre o P.N.B.E.P.H., e ainda com questões de segurança da barragem, matéria a que somos particularmente sensíveis em Amarante (Anexo 1º)

3 - A questão por nós levantada e que nos levou ao pedido então feito, era tão pertinente que veio agora a própria Assembleia da República, através da sua Resolução n.º 41/2010, publicada no D.R. n.º 92 ,1.ª série de 12 de Maio de 2010, recomendar ao Governo que disponibilize informação sobre o P.N.B.E.P.H.,nomeadamente:

  1. Seja enviada aos deputados a resposta que o Estado Português deu na sequência da notificação da Comissão Europeia relativa ao P.N.B.E.P.H.
  2. Seja facultado aos deputados o acesso ao estudo independente encomendado pela Comissão Europeia, o qual deu origem à notificação ao Estado Português.
4 - O prazo da consulta pública, terminou entretanto, sem nos ter sido dada razão. No entanto e para nosso espanto, apesar da emissão da D.I.A., a mesma aponta para a necessidade de elaboração de um grande número de estudos (10 estudos complementares, 4 específicos e 12 estudos de caracterização), alguns dos quais pela sua complexidade, a serem feitos, obrigarão ao adiamento da construção da barragem, ou caso contrario não passam de meras intenções colocadas no papel para de uma forma deliberada serem esquecidos e nunca realizados.

Tudo isto aponta para a emissão de uma D.I.A., que apesar de fundamentada no teor do Parecer Final da Comissão de Avaliação (C.A.) e contra todas as lacunas técnico-científicas do E.I.A., conclui que o projecto "Aproveitamento Hidroeléctrico de Fridão (AHF) designadamente a cota NPA 160, poderá ser aprovado, desde que cumpridas todas as condições constantes da presente D.I.A.”


Atrevemo-nos a perguntar a V.Exa. quem é que vai verificar o cumprimento destas condições? Os mesmos que deram luz verde à sua emissão? 

Esperemos bem que não. Pela nossa parte podemos garantir que continuaremos atentos ao rigoroso cumprimento de "todas as condições constantes da presente D.I.A."

Com os nossos melhores cumprimentos

Eng. Luís Van Zeller de Macedo (Comissão de Acompanhamento da Barragem de Fridão da Assembleia Municipal ) - 18 de Maio de 2010

domingo, 16 de maio de 2010

Barragem do Fridão afectará 56 habitações: Capela e ponte vão ser desmontadas





Barragem de Fridão afectará 56 habitações
Capela e ponte vão ser desmontadas


A construção da barragem de Fridão no rio Tâmega obrigará a desmontar a capela do Senhor da Ponte e a ponte medieval de Vilar de Viando, no concelho de Mondim de Basto. O Ministério do Ambiente deu aval à execução do projecto da EDP à cota mais baixa (160).

Das duas soluções, optou-se por aquela que reúne menor oposição e afecta menos habitações, actividades agrícolas e espaços lúdicos e de valor patrimonial e cultural nos cinco municípios de Amarante, Mondim de Basto, Ribeira de Pena, Celorico de Basto e Cabeceiras de Basto. 


Ainda assim, a albufeira cobrirá, pelo menos, 56 habitações, 52 anexos, 120 hectares de áreas agrícolas e uma zona concessionada para pesca desportiva. 

Entre as 88 reclamações recebidas no período de consulta pública do projecto da barragem de Fridão, a maioria das autarquias e alguns moradores e proprietários de terrenos afectados pela obra aceitam a edificação da estrutura à cota 160.

Abaixo-assinado


Sobram as informações contra a execução da barragem de entidades públicas e privadas e de movimentos de cidadãos, incluindo um abaixo-assinado com 2200 subscritores. 


Só o Clube de Caça e Pesca de Mondim de Basto e o Instituto do Turismo de Portugal remeteram pareceres positivos à construção, de acordo com o texto da declaração de impacte ambiental favorável condicionada, assinada pelo secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa.

A par da desmontagem e da trasladação da Capela do Senhor da Ponte (incluindo altares, talhas, tectos e frescos) e da ponte medieval de Vilar de Viando, o promotor da barragem terá de apresentar propostas de transferência do Cruzeiro de Pinheiro Manso, das pontes pênseis sobre o rio Tâmega, dos espigueiros de Carrascalheiras e de Montão e dos sarcófagos da Rua Nova, em Veade (estes deverão ser colocados no adro da igreja local).


Agência regional

No documento, aponta-se para a constituição de uma agência regional com os concelhos afectados e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte para o desenvolvimento económico, social e cultural da bacia do rio Tâmega. 


O organismo será financiado com 2% do valor líquido anual médio de produção da barragem de Fridão.

Carla Sofia Luz, in Jornal de Notícias - 16 de Maio de 2010