quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Rio Tâmega - POLUIÇÃO: A Morte de um Rio

RIO TÂMEGA - POLUIÇÃO
A Morte de um Rio

A vergonha do Tâmega no "Nós Por Cá" da SIC.

A tragédia não é mais que o resultado da " transferência da propriedade do rio, que era de toda a população,(...) e passou para usufruto único de uma empresa de exploração de energia", como diz João Branco da Quercus. E as consequências estão à vista e ao nariz de todos. O Tâmega desligou-se da sua cidade, das suas pessoas e está impróprio para outra utilização que não alimentar turbinas de barragem. A morte de um rio é a morte de uma cidade.

Importa acrescentar que o "problema [do tratamento das águas pluviais] em vias de resolução" pelas câmaras de Amarante e Chaves, segundo as palavras do responsável da Administração Hidrográfica do Norte, vai para lá daqueles dois municípios. O rio que, como qualquer outro, tem uma tendência natural ao fenómeno de eutrofização nestas condições, vem poluído desde Espanha. Realidade à qual se acrescenta o deficiente tratamento das águas residuais drenadas pelo Tâmega e afluentes, nomeadamente em Cabeceiras de Basto ou Mondim de Basto.

Com isto, não será de estranhar o drama dos amarantinos multiplicado por 5, com a construção das novas Barragens no mesmo vale, a banhar-nos as bordas.

Vítor Pimenta, in O Mal Maior - 30 de Setembro de 2009

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